28/10/2011

Um pé após o outro

Dias 22 e 23 de outubro fizemos uma caminhada saindo de quintão e indo até os destroços do navio Mont Athos, em Mostardas.

Depois de muitos e muitos adiamentos partimos. Eu (o burro vai na frente), Cristiano e João. Devido à nossa aula sábado pela manhã começamos a caminhar já na parte da tarde. Saímos da casa do Cristiano em quintão às 14:50 de sábado em direção ao sul.

Depois de "pegar emprestado" água da corsan botamos o pé na areia e só paramos as 21h30min quando chegamos no tal navio. Ao longo desses 25km encontramos alguns pescadores, barracões e muitos cadáveres de tartarugas marinhas. Não sei o porque de tantos animais mortos na praia (acho que umas 15 tortuguitas), talvez se enrolem nas redes de pesca, mas isso é só uma tese.


Domingo de manhã acordamos destruídos, a ventania e o aperto da barraca não deixou que recuperássemos completamente as energias. Barrinha de cereal de café da manhã e pernas pra que te quero! Próximo destino: lagoa do Bacopari. Andamos uns 4km ao norte até encontrar a trilha para a lagoa. Feito isso só precisavamos "seguir a trilha da camioneta" (segundo a alemoa que nos deu informação). Bota na conta mais uns 6km de muito calor e terreno pantanoso. Nessas alturas os pés já estavam destruídos e a bolha de sangue do Cristiano já tinha estourado.

Por volta das 11h30min chegamos finalmente à lagoa. O fedor já estava mais forte do que o pudor, então não fizemos muito caso com as famílias brincando na água e fomos tomar banho de cueca mesmo. Pareciamos realmente "supervagabundos" e foi, com certeza, um dos pontos altos da viagem!


Banhinho tomado, hora do rango, nos fartamos com uma comidinha caseira da pontinha da orelha! Seria impossível voltar até a praia e caminhar até quintão na beira-mar. O plano: caminhar até a faixa e pegar um (ou melhor, três) ônibus até quintão. Daí em diante só alegria, menos pro João, que viu seu time empatar no finalzinho (que dó, que dó).



E como não podia faltar... Quere Leche nelas

11/10/2011

De Quintão para o NADA

Esta é a sensação de caminhar pelo sul do litoral gaúcho.

São 60 kilometros de caminhada pela beira da praia, ida e volta de Quintão até os destroços do Navio Mary Land e a Lagoa Bacupari.

Areia, vento, água e cansaço é o que nos espera a cada passo que vai ser percorrido.

Sem fogueira, pouca água e sem nenhum conforto. O Soy-nomada esta de volta vivendo a verdadeira liberdade, fugindo das garras que nos aprisionam na falsa liberdade e do dia-a-dia. Fugindo do comodismo.

Onde a cidade acaba, o soy-nomada começa!!!