No meio do caminho tinha uma pedra

Há alguma forma de nós, enquanto individuos, desfrutarmos plenamente de nossos direitos e de nossos recursos naturais? Não numa sociedade capitalista.

O João já disse tudo, nossa aventura ficou pela metade, engasgada na garganta pois não pudemos chegar até a Lagoa dos Patos.

Nos moldes da lei da nossa sociedade é perfeitamente aceitavel que uma pessoa (física ou jurídica) adquira terras use-as como bem entender. Admito que fiquei frustrado por não chegar no destino, mas essa pequena experiencia tornou muito mais palpável a questão da distribuição da terra, dos latifundios e das desigualdades no meio rural.

Há de ser feito alguma coisa, e logo.

Bom, hoje é terça-feira. E nas terças-feiras não é dia de falar do MST, mas sim dia de Vídeos!!! Então sem mais delongas, a primeira parte da nossa caminhada à Barra do Ribeiro:

Uma aventura pela metade

Chegar no morro da formiga em Barra do Ribeiro se tornou impossível. Não por nossa falta de vontade, mas pela burocracia que permite que o acesso ao litoral da lagoa dos patos seja totalmente privatizado. A Rio Grandense Celulose não permite que ninguem utilize a estrada que pertence ao estado do Rio Grande do Sul para chegar a lagoa dos patos. Então nada feito, caminhamos 20 kilometros em ida e volta até a entrada da área da Celulose Rio Grandense.

Voltamos para Barra do Ribeiro e ficamos em um camping até o dia seguinte para voltar para Porto Alegre.

>> Fotos do João

Fotos do Lucas

>> Tem os videos que fizemos. Achando uma clareira na mata e o Lucas remando em seu super caiaque.

de volta ao sofrimento!!

Bah! somente hoje foi cair a ficha da pedreira que vamos enfrentar a partir de amanhã. Barra do Ribeiro, 50km de POA, pertinho, nada demais....

Antes fosse, meus amigos, antes fosse...

Caminhada em Barra do Ribeiro

Pouco conhecimento do local e agora pelo visto com um desafio muito maior. Apenas duas pessoas fazendo a caminhada. Vários kilometros do centro de Barra do Ribeiro até o morro da Formiga. A idéia é tentar acampar no morro chegando até as praias. Pelas fotos parece ser um local de difícil acesso e muito bonito.
Abaixo segue o vídeo do trajeto que vamos caminhar. Retirado do google Earth
A música foi eu que escolhi, um dos componentes desta empreitada ao lado do Lucas.

desistir na cadeia!!!

Vão parando com essa bobera de que acabou!! vamos acalmando o coração!! e parar de chorar as pitangas!!! e a viagem para o dia 20 em???? Talvez a coisa não esta andando conforme o desejado!! mas não é motivo pra desistir seus maricom!! Nem parece que passaram pelo o que passaram!! Já vou pedindo desculpas por não estar tão presente como desejaria mas as coisas estão um pouco complicadas para mim!! e é justamente por isso que preciso do SOY NOMADA!!! REUNIÃO NA FAPA SEMANA QUE VEM!!! NA TERÇA OU NA QUINTA ABRAÇOS AOS MEUS IRMÃOS!!!

O FIM do SOY-NOMADA

O Soy-nomada ACABOU. Pelo menos o soy-nomada que foi criado na caminhada de Muçum e que se fortaleceu muito com a viagem pela América do Sul no inicio deste ano. Durou um pouco mais de um ano e reunia grandes amigos de faculdade. Agora cada um esta seguindo o seu caminho e sua vida. Um pouco de melancolia e ao mesmo tempo algo previsível. A Viagem para a Ásia no formato soy-nomada ja é um pontinho no futuro.

Encontros para as caminhadas estão cada vez mais raros e projetos paralelos vão aparecendo. Provavelmente ainda nos veremos, cada vez de forma mais rara e não mais como aquele grupo da viagem da Bolívia e muito menos um grupo da futura viagem para a Ásia.

As vezes temos que dar um passo atraz para dar dois para frente. Eu João, sempre tive a idéia fixa de conhecer a nossa América e assim o fiz. Comecei minhas caminhadas com uma mochila de escola, com a barraca amarrada na mochila e uma caneleira nos ombros para não machucar. Em grupo as coisas pareciam e eram muito mais fáceis. Era muito mais possível sonhar com outros cantos do mundo, afinal fizemos juntos o que parecia impossível e nossos olhos enchergaram o que muitas pessoas ao nosso redor jamais sonharam.

Nunca vou esquecer de quando vímos o Oceano Pacífico pela primeira vez, no litoral Chileno, estava quente, com as mochilas nas costas. Por um momento todos ficamos quietos, quando o Fúlvio com os olhos marejados começou a gritar... Eu consegui!!! eu cheguei!!! eu to aqui!!! pra todos que disseram que era impossível, que eu nao conseguiria... eu estou aqui!!!!!

Aquilo foi incrível, porque era exatamente o que eu sentia. E agora, neste momento vejo a necessidade de reforçar isso. Eu vou conseguir chegar a Ásia, vou conhecer Camboja, Vietnam, etc... e muito provavelmente não vai ser do jeito que pensei, com o Soy-nomada, mas vou lá e quando chegar, vou me lembrar do Fúlvio gritando que conseguiu. Tenho esta certeza porque isso faz parte de mim tanto quanto a rotina faz parte de grande parte das pessoas que conheço.

O Soy-nomada esta no meu coração e na minha vida para sempre.